quinta-feira, 27 de agosto de 2009



TERESINA, CIDADE MESOPOTÂMICA

segunda-feira, 29 de junho de 2009

OAB/PI recebe medalha de mérito Ambiental


A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), secção Piauí, recebeu no último dia 05, das mãos do Governador Wellington Dias e do Secretario de Meio ambiente, Dalton Macambira, medalha de mérito ambiental pelas ações em prol do Meio Ambiente que vem desenvolvendo desde o ano passado.
Em seu discurso, o presidente da OAB-PI, Dr. Norberto Campelo, atrelou o mérito das ações à Comissão do Meio Ambiente. “Esse trabalho só foi possível pela atuação da Comissão do Meio Ambiente da OAB/PI tão bem presidida pela Dra. Roberta e membros incansáveis na luta pela defesa do Meio Ambiente. Essas ações são de extrema importância no momento atual onde a própria existência humana representa um risco ao Meio Ambiente”, disse Dr. Norberto.
Segundo a presidente desta Comissão, Dra. Roberta Ferreira, esse é um reconhecimento dos trabalhos prestados pela OAB-PI em defesa do Meio Ambiente, em especial a todo o estado do Piauí. “É um estímulo para nós da Comissão. Apresentaremos ainda este ano outros projetos”, afirmou Dra. Roberta Ferreira que estava acompanhada pelos membros da comissão Dr. Antônio Neto e Dr. João Freitas, também presidente da ONG + Vida.
Entre as ações da ordem destacam-se, por exemplo, apresentação de denúncias de Crimes Ambientais, Projeto Águas de Março em prol da preservação do Rio Parnaíba, Projeto OAB Neutro em CO2, Parceria em projetos ambientais do Centro de Referência Ambiental (CEREAM). A Ordem através da Comissão está arrecadando assinaturas e mobilizando a sociedade para a implantação do parque das nascentes do Rio Parnaíba.
A entrega da Medalha integrou a programação da Semana do Meio Ambiente que esse ano tem o tema: Mudanças Climáticas, o futuro do Planeta está em nossas mãos. Uma oportunidade de repensar e discutir ações de proteção e preservação do Meio Ambiente.

sábado, 16 de maio de 2009

Por que chove tanto no Nordeste e como se mede uma chuva?

Por Alcide Filho - www.cidadeverde.com
Invisível e gasosa na forma de vapor, a água circula de carona no vento e vai às alturas. Em seguida, forma nuvens concentradas de gotículas e desce como chuva. É um ciclo contínuo, aquecido e movido pelo Sol. O ar é um oceano de água destilada. Seu volume é medido através da umidade. Temperatura e umidade estão diretamente ligados. Quanto mais quente o ar, mais ele pode armazenar água. Umidade baixa quer dizer ar seco. Quando está assim, o corpo resseca e as toalhas enxugam rápido. Ao contrário, ficamos banhados de suor e os panos permanecem molhados.
Chover tem uma explicação teórica simples: basta o ar encharcar, ficar lotado de água, com 100% de umidade. Aí o vapor condensa, as gotas ficam maiores e desce chuva. 84% da água presente na atmosfera vem dos oceanos. Os outros 16% é água evaporada dos continentes. Assim, o verdadeiro papel de São Pedro, quem faz ou não chover, são os Oceanos. Esse poder tem efeito tanto pela superfície coberta pelas águas quanto pela capacidade dos oceanos de manterem estável a temperatura em todo o planeta, igual ao efeito de um colossal radiador de automóvel. Mas basta um leve desvio na temperatura dos Oceanos que altera a umidade do ar. E isso muda drasticamente, na esfera global, o calendário e intensidade das chuvas. As mudanças climáticas já estão mostrando seus efeitos por aqui.
Está chovendo mais no Nordeste do Brasil porque a temperatura do Oceano está sutilmente maior, lançando assim mais vapor de água no ar. Apenas equipamentos sensíveis notaram: o aumento médio da temperatura foi de 0.6 °C durante todo o século XX. Dá para imaginar o que pode provocar a elevação de um simples grau centígrado em um ritmo acelerado de apenas 10 anos. É dilúvio, furacão e degelo para Noé nenhum reclamar.
Chuva se mede em volume. O aparelho inventado há mais de 800 anos pelos chineses para essa missão é o pluviômetro. A palavra é a soma de pluvia(latim), significando chuva, com metro(grego), instrumento que mede. Pluviômetro que dizer “medidor de chuva”.
O pluviômetro informa quanta água caiu por cada metro quadrado da área atingida pela chuva. A unidade de volume usada pelo pluviômetro é o milímetro cúbico, o equivalente ao mililitro. Cada milímetro medido corresponde a um litro de água da chuva despejada por metro quadrado. Quando a meteorologia informa que mediu 20 milímetros de chuva, isso quer dizer que caíram 20 litros de água por cada metro quadrado da área onde choveu.
Em um campo de futebol, com aproximadamente 10 mil metros quadrados, a multiplicação revela que uma chuva de 20 milímetros quer dizer 10.000 m2 x 20 litros= 200 mil litros de água. Em um bairro do tamanho de 50 campos de futebol, o volume total despejado por essa mesma chuva alcançaria 10 milhões de litros de água. O índice pluviométrico de uma região é o seu indicador de precipitação anual, registrado mês a mês. No Brasil, varia de 2.500mm anuais na Amazônia a 700 mm no semi-árido do Nordeste. Olha a chuva.

domingo, 26 de abril de 2009




















Crime Ambiental no Km7: floresta com a árvore símbolo de Teresina é derrubada.

Crime Ambiental no Km7: floresta com a árvore símbolo de Teresina é derrubada.

Fazemos planos e mutirões às claras, na luz do dia, para colorir de verde a Cidade Verde. Mas há quem, nas sombras, escolha o domingo em que descansamos o corpo para nos ferir a alma.
Domingos sem o Verde da esperança. É assustador. Os domingos de Teresina estão sendo escolhidos para o festival nocivo da derrubada de árvores, assim mesmo, no plural. Recentemente, foi uma figueira centenária no Centro da Cidade. Agora, também no domingo, mais um desavergonhado crime ambiental. No quilômetro sete, a 400 metros da Polícia Rodoviária Federal e a menos de 300 metros de uma placa de boas vindas à Teresina, uma contradição está exposta. Caídas ao chão, centenas de árvores tombaram sem defesa nem testemunhas. Mas ainda há o que salvar.
A última área protegida de Mata original do Cerrado, em plena Chapada do Corisco, está sendo derrubada por tratores. A cidade merece tratamento melhor. Alguém, que autorizou isso, deve ser imediatamente desautorizado. Sendo um ato clandestino e ilegal, deve ser suspenso. Enquanto ainda há o que proteger de pé.
Os oportunistas de plantão estão nos tirando uma oportunidade: a da Zona Sul ter um Parque Natural, nativo, original, onde se possa respirar ar, dissolver o estresse, encontrar amigos, festejar a Vida. Segundo o Biólogo Alberto Jorge, Dr. em Botânica do Instituto TROPEN e da Universidade Federal do Piauí, o local é uma das “últimas áreas que testemunha a mata original do Cerrado de Teresina”.
Neste domingo(26.4), com a Vereadora de Teresina, Teresa Brito (PV), o Presidente da FUNCERRADOS, o Advogado Antônio Ribeiro Neto e a Presidente da Comissão do Meio Ambiente da OAB Piauí, a Advogada Roberta Andrade Ferreira, estivemos em campo. “Essa derrubada é a contradição entre o Discurso do Verde e a prática atual da administração do Meio Ambiente em Teresina”, disse Teresa Brito. Diante da raiz exposta de um caneleiro (a árvore símbolo de Teresina) derrubado por trator de esteira, uma voz indignada: “protestamos com essa atitude e vamos acionar o Ministério Público e até entrar com uma Ação Cautelar para suspender a autorização e a justificativa dessa derrubada”, afirmou Roberta Andrade Ferreira, da OAB. Tombadas pela força da lâmina do trator, dezenas de faveiras de bolota, árvore típica do Cerrado, expõem o solo à erosão da chuva. “Esse cenário é um péssimo exemplo de Boas-Vindas para a entrada de nossa cidade e um descaso com seus habitantes da Zona Sul. Coelho Neto, que chamou Teresina de Cidade Verde, incluindo todos nós, fomos insultados”, declarou Antônio Ribeiro Neto, da FUNCERRADOS.
O Prefeito Sílvio Mendes é um homem frondoso. Até na China. Fez uma escolha técnica para a direção da Secretaria do Meio Ambiente de Teresina. Apontou para o Agrônomo Clóvis Freitas, um crente e praticante de eco-educação, dedicado e determinado plantador de árvores. Mas onde está a outra parte da política ambiental? Por ser moto, certamente a serra tem mais velocidade em derrubar que a mão da gente em plantar. Com árvores é assim, essa disputa desigual.
A prática sorrateira de derrubar árvores nos domingos, dias santos, feriados e qualquer dia, em Teresina, tem que ser arrancada. Pela raiz. Caso contrário, vamos mudar de vez o texto do Hino da Cidade. Certamente, assim sendo, procurem outro letrista. Não é mesmo, Cinéas Santos?

quarta-feira, 22 de abril de 2009

DIA DA TERRA


Dia Mundial da Terra - 22 de Abril
por Roberta Ferreira

O planeta é, sem dúvida, resiliente e abundante, e os indivíduos há muito se adaptaram a seus ciclos naturais de mudanças.
No entanto, precisamos refletir nossas atividades. Muitas delas deixam rastro de poluição que ameaçam as gerações futuras e nosso estilo de vida. Raramente, pensamos a respeito - exploramos e queimamos combustíveis fósseis, empregamos susbstâncias químicas na manipulação de produtos e alimentos, poluimos nossos rios, etc.
Avaliar nosso comportamento, precário com o meio ambiente, é imprescindível.
Pois, na melhor das hipóteses, as gerações futuras serão forçadas a dedicar seu tempo, seus recursos e um grande esforço para lidar com as consequências das nossas escolhas. Na pior, a sobrevivência das próximas gerações estarão em risco.
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domingo, 19 de abril de 2009

O melhor país do mundo para os negócios é ecologicamente correto

Pelo segundo ano seguido, revista americana Forbes elegeu a Dinamarca com “o melhor país para fazer negócios”. É um dos países mais avançados em medidas ambientais. A escolha é um sinal de que uma política ativa contra as mudanças climáticas faz bem para a economia, como nota o blog Climate Progress.A Dinamarca tem o mais rígido compromisso do mundo para reduzir suas emissões de gases resposáveis pelo efeito estufa. O país deve emitir, entre 2008 e 2012, 20% menos do que lançava na atmosfera em 1990. Isso será conseguido com um esquema de trocas, onde as empresas que foram mais eficientes nos cortes podem vender cotas excedentes para outras mais atrasadas. É o chamado mercado de carbono.Além disso, a Dinamarca tem uma meta de tirar 20% de sua energia de fontes renováveis até o fim de 2011. As medidas para aumentar a eficiência energética são tão ousadas que, segundo a ministra da Energia, Connie Hedegaard, “quando chegar ao ano de 2025, o país terá passado 50 anos sem aumentar seu consumo total de energia”.Se mais países seguissem esse exemplo, teríamos motivos para ficar mais otimistas.Fonte:http://colunas.epoca.globo.com/planeta/2009/04/16/o-melhor-pais-do-mundo-para-os-negocios-e-ecologicamente-correto/

domingo, 5 de abril de 2009














“De onde vem a nossa água?” Essa foi a pergunta que motivou o casal Gérard e Margi Moss a começar a terceira fase do projeto Brasil das Águas - depois de terem realizado um estudo completo sobre a qualidade das águas brasileiras na primeira etapa e feito um trabalho de conscientização com a população ribeirinha sobre a importância da preservação dos rios.De agosto de 2007 a março deste ano, eles percorreram, em seu avião monomotor, juntamente com uma equipe de especialistas do CENA – Centro de Energia Nuclear e do CPTEC/INPE – Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, a trajetória dos vapores de água que saem do Oceano Atlântico, chegam à Amazônia, são “reciclados” e distribuídos para o restante do território brasileiro e da América Latina, até o limite da cordilheira dos Andes. Batizadas de Rios Voadores, essas correntes de vapor d’água também deram nome ao projeto. A bordo, nas doze expedições realizadas, ia também um equipamento com tecnologia inovadora, desenvolvido pelo CENA, que coletava amostras de vapor d’água, transformando-as em gotículas, que eram posteriormente analisadas por uma equipe de cientistas e acabaram por responder à pergunta inicial. O trabalho é pioneiro no mundo e ajudam a aumentar o entendimento sobre os processos meteorológicos, assunto ainda pouco estudado no Brasil. Com a quantidade de dados coletados nas mais de 1000 amostras de gotículas de água durante um ano e meio de trabalho, ainda é possível se chegar a muitas conclusões daqui em diante. De todo modo, os primeiros resultados são claros ao revelar os impactos que a existência da floresta amazônica exerce sobre o clima e a quantidade de chuvas no restante do país, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, assim como em outros países da América do Sul.
Engana-se quem pensa que as chuvas que ocorrem no Brasil são provenientes apenas da umidade que vem do oceano Atlântico e se condensa no continente. Boa parte delas se origina da evaporação e da transpiração da floresta amazônica, que formam uma quantidade enorme de vapor de água que se desloca da região Norte até o Sul do país. Funciona assim (veja a animação): os ventos alísios empurram a umidade vinda do Atlântico para a Amazônia e provocam chuvas na região. Do total de chuvas, 25% alimentam os igarapés, 25% são retidos pelas folhas e 50% são absorvidos pelas árvores – esses últimos 75% voltam para a atmosfera em forma de vapor d’água, por meio da evaporação e da transpiração. Esses vapores são transportados pelos ventos até a cordilheira andina, que funciona como uma barreira natural e redireciona o percurso da umidade para o Norte da Argentina, o Uruguai, o Sul e o Sudeste do Brasil. O volume de vapor d’água produzido pela floresta é imenso – cada árvore de grande porte “evapotranspira” até 300 litros de água por dia! No total, são cerca de 20 bilhões de litros de água lançados na atmosfera todos os dias pela Amazônia, mais do que a vazão do Rio Amazonas – o maior rio do planeta! Em uma das expedições, Gerard e sua equipe conseguiram acompanhar o percurso de um rio voador desde Belém até a cidade de São Paulo. Desta vez, 3.200 m³ de água eram transportados por segundo da Amazônia até a capital paulista. Em um dia, esse rio voador levou a São Paulo um volume de vapor igual ao consumo de água dos paulistanos por 115 dias ou a 27 vezes a vazão do Rio Tietê. Os estudos ainda não determinaram quantas vezes por ano um rio voador passa pelas cidades brasileiras, de todo modo, sempre que esses rios voadores estão na atmosfera, o volume de vapor d’água e o potencial para a ocorrência de chuvas ficam bem superiores à média dos dias em que eles não estão presentes e a umidade resulta apenas das correntes que vêm do oceano.
O MAL DO DESMATAMENTO
O projeto também constatou que a Amazônia, cujo território corresponde a 56% das florestas tropicais da Terra, ameniza o aquecimento do ar, já que 40% dos raios solares que incidem sobre ela são utilizados para a evaporação da água. Quanto menor a quantidade de árvores, mais raios solares servirão para esquentar o ar. A existência da floresta ainda é o que proporciona uma melhor distribuição da umidade do ar ao longo do ano. Isso porque, em dias em que pouca quantidade de vapor d’água entra no continente, as raízes das árvores amazônicas buscam água subterrânea e mantêm seu nível de transpiração, garantindo que os rios voadores continuem a cumprir sua trajetória. Esse fenômeno não acontece com as árvores das regiões de pasto, que tem raízes menos profundas e sofrem com a estiagem. Os Rios Voadores constataram que o Pantanal também é uma região que recicla os vapores de água, já que 85% das chuvas que caem ali retornam para a atmosfera por meio da “evapotranspiração” – os outros 15% alimentam o rio Paraná. Essa umidade chega a São Paulo em cerca de 24 horas e pode fazer chover na cidade. Ainda não é possível prever exatamente o que aconteceria com o Sul e o Sudeste brasileiros com a degradação das florestas – nos últimos 30 anos, cerca de 600 mil quilômetros foram desmatados na Amazônia – , mas é certo que isso aumentará a incidência de eventos extremos, como grandes tempestades e fortes secas.
Fonte: Editora Abril - Planeta Sustentável

PROJETO ÁGUAS DE MARÇO - RIO PARNAÍBA













O projeto "Águas de Março", idealizado pela OAB-PI em parceria com órgãos de defesa do meio ambiente, aconteceu durante toda a manhã de sábado (28), com início no Iate Clube de Teresina e encerramento no Parque Ambiental Encontro dos Rios. O evento é uma homenagem ao Dia Mundial da Água, comemorado no último dia 22, e tem por objetivo alertar a população e as autoridades sobre os problemas enfrentados pelo Rio Parnaíba, como o assoreamento e a poluição por esgotos, e pedir soluções para isso. Para o presidente da OAB-PI, Norberto Campelo, o Rio Parnaíba é o maior patrimônio do estado do Piauí, devendo ser preservado para as futuras gerações. “Sem o Parnaíba não há condições de vida nessa região que é banhada por ele. Queremos chamar a atenção das autoridades e da população para a importância de preservá-lo, para que as próximas gerações possam usufruir das suas riquezas”, afirma. O evento foi marcado por um passeio fluvial, que saiu do Iate Clube de Teresina, chegando ao Parque Ambiental Encontro dos Rios, onde se iniciou um ciclo de debates sobre a questão ambiental. Além da OAB-PI, participaram do passeio e do debate representantes das secretarias de Meio Ambiente estadual e municipal, da Câmara de Vereadores de Teresina, do Partido Verde, da Assembléia Legislativa do Piauí, do Ibama e ambientalistas, como os da Fundação Rio Parnaíba, Fundação Velho Monge e ONG Mais Vida. Os participantes do "Águas de Março" puderam verificar in loco os problemas de poluição do Rio Parnaíba, pois ao longo do passeio fluvial foi possível observar dejetos flutuando no leito do rio. Para a presidente da Comissão do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da OAB-PI, Roberta Ferreira, esse evento tem o saldo positivo de conscientizar populares e autoridades para a necessidade de se preservar nossos recursos naturais, em especial o rio que atravessa todo o estado do Piauí. “O nosso trabalho em defesa do Rio Parnaíba será permanente, e o Águas de Março acontecerá todos os anos”, garante Roberta Ferreira. O final do evento contou com homenagens ao secretário estadual de meio ambiente e recursos hídricos, Dalton Macambira, ao presidente da ONG Mais Vida, João Freitas Filho e ao ambientalista Alcide Filho, por seus trabalhos em prol da causa ambiental. Também foram distribuídas mudas, simbolizando a importância de se preservar as matas que margeiam os rios.

domingo, 15 de março de 2009

















Teresina, cidade que escolhi pra viver....

quinta-feira, 12 de março de 2009


EM FOCO: MEIO AMBIENTE

RIO - Em seu primeiro discurso no Brasil, o príncipe Charles defendeu que é preciso conciliar o crescimento econômico com a proteção da natureza. Ele também lembrou do ambientalista Chico Mendes e da passista carioca Pinah, que conheceu há mais de 30 anos, em sua primeira visita ao país. O discurso foi feito nesta quinta-feira no Palácio Itamaraty, no Centro do Rio, durante encontro com empresários e diplomatas. (Veja mais fotos da visita de Charles ao Rio)
Numa sala com cerca de 150 pessoas, ele alertou que a atual crise econômica mundial tem mostrado que o antigo modelo industrial de desenvolvimento falhou, e que o desenvolvimento sustentável talvez seja a única maneira de guiar a economia daqui pra frente.
- Devemos encontrar maneiras de, simultaneamente, impulsionar a economia e proteger a natureza. As melhores projeções dizem que nós temos 100 meses para mudar de comportamento antes que enfrentemos uma catastrófica mudança de clima e os horrores que isso possa trazer - ressaltou. Príncipe joga beijo para passista em favela
Charles e Camila visitaram nesta quinta a Favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. Na chegada do casal real à favela houve momentos de tensão: moradores e a imprensa conseguiram furar o cerco feito pelos seguranças. Houve tumulto, mas depois o esquema de segurança voltou ao normal.
Durante visita à comunidade, o príncipe Charles e a sua esposa, Camilla Parker, foram recepcionados por três passistas e alguns ritmistas da comundidade. Num momento de descontração, Charles chegou a jogar um beijo para uma das passistas em retibuição ao beijo jogado pela dançarina. Ele também tocou chocalho junto com os ritmistas.
- Ele pegou o chocalho meio sem jeito, de cabeça para baixo. Mas para quem não tem experiência, ele tocou direitinho - disse a dona do instrumento, Maria Luisa da Silva, que mora na favela há 35 anos.
Mais cedo, no Itamaraty, o príncipe Charles falou de samba e futebol.
- Me lembro de dançar samba com uma moça seminua no Rio - comentou, referindo-se à passista Pinah que conheceu durante sua primeira visita ao Brasil, em 1978.
E ressaltou afinidades entre Brasil e Inglaterra.
- Somos também unidos pelo esporte e pela grande paixão pelo futebol - disse ele, depois de exaltar as crescentes exportações entre os dois paises.
Já Camila, por sua vez, acenou várias vezes para os moradores da região que acompanhavam a visita do casal real, que circulou por ruas próximas à sede da Ong Luta pela Paz. Charles e Camila, que chegaram à Maré em comitivas separadas, assistiram a uma apresentação de capoeira feita pelos alunos da Ong.
O casal esteve também no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio, para conhecer o museu de meio ambiente e se encontrar com empreendedores e alunos apoiados por um projeto do conselho britânico. No parque, Camila e Charles conheceram o cacique Raoni e plantaram um Ipê amarelo.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Principe Charles e Meio Ambiente

Meio ambiente na pauta do príncipe com parlamentares
Em entrevista logo após a visita, Sarney disse que o principal assunto discutido na reunião do príncipe com deputados e senadores na Presidência da Casa foi o problema da preservação da natureza, sobretudo, no que se refere ao Brasil.
- Eu tive a oportunidade de dizer a ele que o Brasil é um país que mundialmente tem a melhor legislação ambiental, que é o único país do mundo que tem a legislação ambiental em nível de Constituição. Nós temos um exemplo histórico: enquanto outros os países do mundo que se submeteram as companhias colonizadoras que no século passado destruíram as florestas da Ásia, África e Europa, nós não consentimos que elas entrassem na Amazônia. O mundo pode se juntar a nós na defesa da Amazônia - disse. Quarta visita do príncipe ao Brasil
Esta é a quarta visita de Charles ao Brasil e a primeira na companhia de Camilla. Ele já esteve aqui em 1978, 1991 e 2002. ( Veja fotos de outras viagens do príncipe Charles ao Brasil )
O príncipe Charles e Camila visitarão ainda, Rio de Janeiro, Manaus e Santarém (PA). De acordo com a embaixada britânica, durante a estada no Brasil, se reunirão com líderes empresariais brasileiros e britânicos, a fim de aproveitar a experiência da comunidade de negócios no combate às mudanças climáticas. Depois irão para o Equador.

sábado, 31 de janeiro de 2009

Imagem da Queimada na Austrália


Austrália

Calor e incêndio provocam mortes e blecaute na Austrália
Número de mortos é de pelo menos 30 no sul do país. Calor supera os 40 graus em algumas regiões da Austrália.

Pelo menos 30 pessoas morreram no sul da Austrália devido à onda de calor e incêndio que afeta a região há quatro dias. Meio milhão de casas no estado de Victoria ficaram sem eletricidade na noite de sexta-feira (30).


Segundo a emissora local "ABC", morreram neste sábado (31) pelo menos seis pessoas no estado da Austrália do Sul, aparentemente devido à alta temperatura. O número registrado até sexta-feira (horário australiano) era de 22.

O site do jornal australiano "Adelaide Now" disse que o serviço de emergência recebeu 920 chamadas, sendo que cerca de 600 precisaram de um atendimento médico.


Imagem de satélite do Observatório da Nasa feita na sexta-feira (30) mostra fumaça em região atingida por incêndio no sul da Austrália (Foto: AFP/Nasa)
Embora as autoridades não tenham dado um número oficial, o secretário de Saúde da Austrália do Sul, John Hill, disse que é "óbvio" que um número significativo dessas mortes "esteja associado ao calor". A polícia de Victoria não deu números relativos a mortos no estado, mas a imprensa local afirma que o serviço de emergência atendeu 105 incidentes relativos a pessoas afetadas pelo calor.

Pessoas curtem praia em Melbourne neste sábado (31) onde calor chegou a 43 graus (Foto: Mick Tsikas/Reuters)
Acredita-se que a temperatura nas capitais de Victoria (Melbourne) e da Austrália do Sul (Adelaide) volte a superar os 40 graus, enquanto no interior podem chegar a 45 graus. Melbourne pode sofrer ainda com blecaute caso as torres de transmissão sejam atingidas.Temperaturas assim não são registradas no país desde que se começou o registro meteorológico, em 1855. O forte calor aumentou o consumo de energia a níveis recorde e teme-se que a rede elétrica não aguente essas condições, o que pode deixar de novo milhares sem luz. A situação é ainda mais grave em zonas afetadas por incêndios florestais, onde centenas de bombeiros seguem combatendo uma série de focos.

Chamas chegam a sete metros de altura e helicópteros ajudam no combate. Vento seco e calor pioram a situação.

Ajuda dos 'deuses'

Desesperado, John Brumby, líder do Governo de Victoria, disse que a situação "está nas mãos dos deuses", e que torce para que o vento sopre na direção contrária às linhas de eletricidade. Brumby acrescentou que a polícia investiga a origem dos incêndios e que tudo indica que há um piromaníaco na região. As autoridades em Victoria tentam evitar uma tragédia semelhante à do estado da Austrália do Sul, onde a falta de eletricidade junto com a onda de calor é considerada uma causa adicional do alto número de mortes súbitas registradas entre sexta e sábado.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

AMAZÔNIA

Meio Ambiente
Amazônia sofreu destruição de 17% em em 5 anos

Um relatório prestes a ser divulgado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma) aponta que 17% da Floresta Amazônica foram destruídos em um período de cinco anos, entre 2000 e 2005. A informação foi noticiada pelo jornal francês Le Monde na quinta-feira, e foi confirmada à BBC Brasil pelo Pnuma.
Segundo o jornal, durante este período foram queimados ou destruídos 857 mil km² de árvores - o equivalente ao território da Venezuela.
A maior parte do desmatamento ocorreu no Brasil, mas os outros sete países que também abrigam a floresta estão sendo responsabilizados pela Pnuma, com exceção da Venezuela e do Peru. 'Irreversível'
"A progressão das frentes pioneiras na Amazônia e as transformações que elas introduziram são tantas que o movimento de ocupação dessa última fronteira do planeta parece irreversível", disse o órgão da ONU ao Le Monde.
Além do desmatamento, a grande corrida pela apropriação das gigantescas reservas de terra e das matérias-primas da região também tem um papel importante na deterioração da Amazônia, segundo o jornal.
"O modelo de produção dominante não leva em conta critério algum de desenvolvimento sustentável, conduz à fragmentação dos ecossistemas e à erosão da biodiversidade", afirmou o Pnuma.
A entidade também condenou a situação das populações que habitam a floresta, que "vivem uma situação de grande pobreza". "A riqueza retirada da exploração dos recursos naturais não é reinvestida na região", disse.
O Le Monde conclui o artigo citando que o Pnuma pede um maior envolvimento internacional para ajudar financeiramente os países que abrigam a floresta, e cita como possível caminho o Fundo Amazônia, que prevê o investimento de fontes estrangeiras para desenvolver projetos que combatem o desmatamento.
O Pnuma prevê que o relatório final, com mais dados ainda sigilosos, seja divulgado durante o encontro anual de seu conselho administrativo, marcado entre 16 e 20 de fevereiro em Nairóbi, no Quênia.
Para mais notícias, visite o site da BBC Brasi

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Comissão de Meio Ambiente OAB/PI

Com o tema “Água e Clima: contribuições para o desenvolvimento sustentável”, o Programa Petrobras Ambiental realizou, no final de 2008, a terceira Seleção Pública de Projetos dentro do tema. No Piauí, o projeto CEREAM (Centro de Referência em Educação Ambiental), coordenado por Jorgenei Alves de Moraes, foi o único contemplado. Foram aprovados cinco projetos em todo o Nordeste brasileiro. No total, serão destinados R$ 60 milhões aos projetos que contribuam para a conservação e preservação dos recursos ambientais e à consolidação da consciência socioambiental brasileira.
O objetivo da Petrobras é apoiar iniciativas capazes de reduzir os riscos de destruição de espécies e habitats aquáticos ameaçados; melhorar a qualidade dos corpos hídricos e buscar reduzir emissões de gases causadores do efeito estufa. Jorgenei Moraes é membro da Comissão de Defesa do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da OAB Piauí, que será parceira do projeto, bem como a Prefeitura Municipal de Teresina, UFPI, Sebrae e as faculdades CEUT e EADUCOM.
Segundo a presidente da Comissão, Roberta Ferreira, o CEREAM é uma ação socioambiental interdisciplinar e multifuncional que objetiva o desenvolvimento de atividades de intervenção física e educativa integradas, cujo vértice principal está centrado na recuperação e conservação do Rio Poty, principal afluente do Rio Parnaíba, dentro dos princípios do desenvolvimento sustentável.
A área a ser trabalhada no projeto CEREAM localiza-se em um trecho periurbano de Teresina, cuja extensão será de 18 quilômetros. “Em breve será implantado o Parque Ambiental da Alegria, que objetiva proteger a floresta fóssil, localizada às margens do Rio Poty, em Teresina. No local, os pequenos comerciantes receberão cursos de boas práticas de higiene, atendimento ao cliente, limpeza e conservação dos espaços ocupados. A sustentabilidade do projeto será nesse entorno e também terá como ação o fomento à piscicultura e à agricultura irrigada”, afirmou Roberta Ferreira.
A parceria da OAB junto ao projeto aprovado será educativa. O trabalho da Comissão de Defesa do Meio Ambiente e Recursos Hídricos tem como meta levar educação ambiental às escolas através de um processo participativo, mostrando a importância da convivência harmoniosa com o meio ambiente, em especial com os nossos rios. “A educação ambiental nas escolas é de fundamental importância, tendo em vista seu espaço social, local onde o aluno dará seqüência ao seu processo de socialização. O que nela se faz se diz e se valoriza representa um exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis e mais conscientes”, considera.

domingo, 18 de janeiro de 2009

DICAS:

Algumas coisas são básicas, pra não dizer óbvias, mas não custa repetir sempre.Seguem algumas dicas para você fazer sua parte em casa e salvar o planeta:
Calçada não se lava, se varre. Se for realmente necessário, use um balde, de preferência com a água reaproveitada da máquina de lavar ou da banheira.
Instale a geladeira ou freezer em locais ventilados, longe do fogão.
Procure não utilizar o ar condicionado no máximo e, sempre que o aparelho estiver ligado, feche as portas e janelas do local.
Acumule várias peças de roupas para passar todas de uma vez e evite usar o ferro quando outros aparelhos elétricos estiverem ligados.
Regule seu chuveiro para a posição verão. Evite tomar banho demorados e entre 18h e 24h.
Para iluminar a casa use, de preferência à luz do sol. Troque suas lâmpadas normais por fluorescentes e apague-as onde não tiver ninguém.
Regule as torneiras da sua casa. O pinga-pinga pode causar um vazamento de 46 litros de água em um dia.
Escove os dentes com a torneira fechada. Essa é uma forma simples e eficiente de economizar água.
Não compre móveis nem madeira que não tenham o selo FSC. Ele é a garantia de que a madeira não veio do desmatamento de florestas.
Participe de manifestações e assine petições como a nossa, clique aqui e cobre do governo brasileiro um bom desempenho em Copenhagen.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Lula cancela anistia a embargo de terras desmatadas


Queimada na Amazônia.

Fonte: Greenpeace

São Paulo - Brasil — Cinco dias depois de assinar um decreto impedindo o Ibama de embargar áreas de desmatamento, o presidente volta atrás.
Surtiu pequeno efeito as críticas dos ambientalistas ao decreto 6.686, que, entre outras medidas em favor do desmatamento, impedia, até o dia 11 de dezembro de 2009, os embargos de áreas de reservas legais desmatadas. O novo texto, número 6.694, assinado pelo presidente Lula na segunda-feira (15/12), exclui do beneficiamento os desmatamentos irregulares ocorridos no bioma Amazônia. A anistia às multas, no entanto, continuam suspensas até dezembro de 2009.“Claro que a nova redação do decreto ficou melhor, mas ainda não é o ideal. Quem desmatou outros biomas não pode escapar da sanção do embargo, além disso a anistia às multas foi mantida”, diz o diretor de campanhas do Greenpeace, Sérgio Leitão. “A alteração é bem vinda, mas mostra a esquizofrenia dessa gestão quando o assunto é meio ambiente. No dia 22 de julho, o presidente assinou o decreto 6.514 sobre as sanções para os crimes ambientais e quatro meses depois alterou seu conteúdo com decreto 6.686, que agora foi modificado novamente”, afirma Leitão. A instabilidade da política ambiental coloca em risco a estratégia do governo de atrair investimento estrangeiro para mecanismos de proteção às florestas e redução de emissões dos gases do efeito estufa. “Como investidores estangeiros vão confiar em uma política ambiental tão instável?”, questiona Leitão.

E a preservação do meio ambiente, onde fica?

Matéria veiculada no Jornal O Globo desta Segunda-feira


A maior do mundo
Itaipu bate recorde de produção de energia elétrica em 2008


SÃO PAULO - Em 2008, a Usina Hidrelétrica de Itaipu bateu um novo recorde histórico de produção de energia, com a geração de 94.684.781 megawatts-hora (MWh). O recorde anterior era do ano 2000, quando Itaipu gerou 93.427.598 MWh. Este volume de energia jamais foi atingido por nenhuma outra hidrelétrica do mundo.
A usina de Três Gargantas, da China, construída no Rio Yang-Tse, não deverá superar Itaipu em produção. Quando concluída, a usina chinesa terá 22,4 mil megawatts (MW) de capacidade instalada, contra os 14 mil MW de Itaipu. A vantagem em relação a Três Gargantas é a situação hidrológica: o Rio Paraná, onde está Itaipu, tem grande volume de água o ano inteiro. A energia produzida por Itaipu em 2008 seria suficiente para suprir todo o consumo mundial por dois dias; atender durante um ano um país como a Argentina; e o Paraguai, parceiro no empreendimento, por 11 anos. Ou, ainda, poderia suprir por um ano o consumo de eletricidade de 23 cidades do porte da grande Curitiba.
- Em um momento de incertezas econômicas, a Itaipu dá a sua contribuição para que o Brasil continue no caminho do desenvolvimento - disse o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek.
Ele atribuiu a quebra do recorde à soma de três fatores.
- Foi preciso convergir água suficiente, maquinário sempre disponível e demanda de consumo para essa energia - ressaltou. - E esses fatores só foram possíveis graças à economia crescente, ao trabalho competente do pessoal que cuida da manutenção da usina e à generosidade do Rio Paraná, com as hidrelétricas que regulam o nosso reservatório - disse.
INPE pesquisa erosão comum no Piauí

O crescimento vertical da desertificação preocupa os pesquisadores. As rachaduras na superfície do solo se transformam em imensas crateras, conhecidas como voçorocas.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais fez um levantamento no sul do Piauí sobre um tipo de erosão muito comum na região, a voçoroca. Nesta reportagem de Amorim Neto e Magno Bonfim veja como este fenômeno destrói o solo. Um imenso deserto vermelho numa área que corresponde a 21% da região sul do Piauí. A terra perdeu a consistência por causa dos desmatamentos e das queimadas. Na cidade de Gilbués, a 900 quilômetros de Teresina, as plantas estão desaparecendo. Agora é o crescimento vertical da desertificação o que mais preocupa os pesquisadores. As rachaduras na superfície do solo logo se transformam em imensas crateras. Levadas pelas águas das chuvas, a terra que se desprende vai causar danos mais adiante. "A quantidade de água que cai na superfície do solo vai causando aquelas erosões laminares e carreiam aquelas partes sólidas do solo para as nascentes dos rios e dos riachos. Ou seja: o solo está sumindo", explica o engenheiro agrônomo Fabriciano Corado Neto. Quem mora por perto está assustado. "Tenho muito medo. Fica muito pertinho da gente. Não sei o que vai acontecer", afirma o agricultor Francisco da Silva. Terrenos planos que antes não apresentavam problemas estão sob a ameaça das voçorocas, essas erosões que destroem a terra. Uma delas, no município de Santa Filomena, surgiu há mais de 30 anos: tem um quilômetro de comprimento, 30 metros de largura e dez de profundidade. Hoje, é uma ameaça ao rio Parnaíba, o segundo maior do Nordeste. Um geólogo pesquisador Adeodato Salviano da Universidade Federal do Piauí (UFPI) diz que o barro está aterrando o leito do rio e da represa Boa Esperança, onde funciona uma hidrelétrica. “Já teve ter jogado aproximadamente 300 mil metros cúbicos de material dentro da barragem Boa Esperança. Isso com certeza já está reduzindo a capacidade de produção de energia", afirma.