sábado, 31 de janeiro de 2009
Austrália
Calor e incêndio provocam mortes e blecaute na Austrália
Número de mortos é de pelo menos 30 no sul do país. Calor supera os 40 graus em algumas regiões da Austrália.
Pelo menos 30 pessoas morreram no sul da Austrália devido à onda de calor e incêndio que afeta a região há quatro dias. Meio milhão de casas no estado de Victoria ficaram sem eletricidade na noite de sexta-feira (30).
Segundo a emissora local "ABC", morreram neste sábado (31) pelo menos seis pessoas no estado da Austrália do Sul, aparentemente devido à alta temperatura. O número registrado até sexta-feira (horário australiano) era de 22.
O site do jornal australiano "Adelaide Now" disse que o serviço de emergência recebeu 920 chamadas, sendo que cerca de 600 precisaram de um atendimento médico.
Imagem de satélite do Observatório da Nasa feita na sexta-feira (30) mostra fumaça em região atingida por incêndio no sul da Austrália (Foto: AFP/Nasa)
Embora as autoridades não tenham dado um número oficial, o secretário de Saúde da Austrália do Sul, John Hill, disse que é "óbvio" que um número significativo dessas mortes "esteja associado ao calor". A polícia de Victoria não deu números relativos a mortos no estado, mas a imprensa local afirma que o serviço de emergência atendeu 105 incidentes relativos a pessoas afetadas pelo calor.
Pessoas curtem praia em Melbourne neste sábado (31) onde calor chegou a 43 graus (Foto: Mick Tsikas/Reuters)
Acredita-se que a temperatura nas capitais de Victoria (Melbourne) e da Austrália do Sul (Adelaide) volte a superar os 40 graus, enquanto no interior podem chegar a 45 graus. Melbourne pode sofrer ainda com blecaute caso as torres de transmissão sejam atingidas.Temperaturas assim não são registradas no país desde que se começou o registro meteorológico, em 1855. O forte calor aumentou o consumo de energia a níveis recorde e teme-se que a rede elétrica não aguente essas condições, o que pode deixar de novo milhares sem luz. A situação é ainda mais grave em zonas afetadas por incêndios florestais, onde centenas de bombeiros seguem combatendo uma série de focos.
Chamas chegam a sete metros de altura e helicópteros ajudam no combate. Vento seco e calor pioram a situação.
Ajuda dos 'deuses'
Desesperado, John Brumby, líder do Governo de Victoria, disse que a situação "está nas mãos dos deuses", e que torce para que o vento sopre na direção contrária às linhas de eletricidade. Brumby acrescentou que a polícia investiga a origem dos incêndios e que tudo indica que há um piromaníaco na região. As autoridades em Victoria tentam evitar uma tragédia semelhante à do estado da Austrália do Sul, onde a falta de eletricidade junto com a onda de calor é considerada uma causa adicional do alto número de mortes súbitas registradas entre sexta e sábado.
Número de mortos é de pelo menos 30 no sul do país. Calor supera os 40 graus em algumas regiões da Austrália.
Pelo menos 30 pessoas morreram no sul da Austrália devido à onda de calor e incêndio que afeta a região há quatro dias. Meio milhão de casas no estado de Victoria ficaram sem eletricidade na noite de sexta-feira (30).
Segundo a emissora local "ABC", morreram neste sábado (31) pelo menos seis pessoas no estado da Austrália do Sul, aparentemente devido à alta temperatura. O número registrado até sexta-feira (horário australiano) era de 22.
O site do jornal australiano "Adelaide Now" disse que o serviço de emergência recebeu 920 chamadas, sendo que cerca de 600 precisaram de um atendimento médico.
Imagem de satélite do Observatório da Nasa feita na sexta-feira (30) mostra fumaça em região atingida por incêndio no sul da Austrália (Foto: AFP/Nasa)
Embora as autoridades não tenham dado um número oficial, o secretário de Saúde da Austrália do Sul, John Hill, disse que é "óbvio" que um número significativo dessas mortes "esteja associado ao calor". A polícia de Victoria não deu números relativos a mortos no estado, mas a imprensa local afirma que o serviço de emergência atendeu 105 incidentes relativos a pessoas afetadas pelo calor.
Pessoas curtem praia em Melbourne neste sábado (31) onde calor chegou a 43 graus (Foto: Mick Tsikas/Reuters)
Acredita-se que a temperatura nas capitais de Victoria (Melbourne) e da Austrália do Sul (Adelaide) volte a superar os 40 graus, enquanto no interior podem chegar a 45 graus. Melbourne pode sofrer ainda com blecaute caso as torres de transmissão sejam atingidas.Temperaturas assim não são registradas no país desde que se começou o registro meteorológico, em 1855. O forte calor aumentou o consumo de energia a níveis recorde e teme-se que a rede elétrica não aguente essas condições, o que pode deixar de novo milhares sem luz. A situação é ainda mais grave em zonas afetadas por incêndios florestais, onde centenas de bombeiros seguem combatendo uma série de focos.
Chamas chegam a sete metros de altura e helicópteros ajudam no combate. Vento seco e calor pioram a situação.
Ajuda dos 'deuses'
Desesperado, John Brumby, líder do Governo de Victoria, disse que a situação "está nas mãos dos deuses", e que torce para que o vento sopre na direção contrária às linhas de eletricidade. Brumby acrescentou que a polícia investiga a origem dos incêndios e que tudo indica que há um piromaníaco na região. As autoridades em Victoria tentam evitar uma tragédia semelhante à do estado da Austrália do Sul, onde a falta de eletricidade junto com a onda de calor é considerada uma causa adicional do alto número de mortes súbitas registradas entre sexta e sábado.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
AMAZÔNIA
Meio Ambiente
Amazônia sofreu destruição de 17% em em 5 anos
Um relatório prestes a ser divulgado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma) aponta que 17% da Floresta Amazônica foram destruídos em um período de cinco anos, entre 2000 e 2005. A informação foi noticiada pelo jornal francês Le Monde na quinta-feira, e foi confirmada à BBC Brasil pelo Pnuma.
Segundo o jornal, durante este período foram queimados ou destruídos 857 mil km² de árvores - o equivalente ao território da Venezuela.
A maior parte do desmatamento ocorreu no Brasil, mas os outros sete países que também abrigam a floresta estão sendo responsabilizados pela Pnuma, com exceção da Venezuela e do Peru. 'Irreversível'
"A progressão das frentes pioneiras na Amazônia e as transformações que elas introduziram são tantas que o movimento de ocupação dessa última fronteira do planeta parece irreversível", disse o órgão da ONU ao Le Monde.
Além do desmatamento, a grande corrida pela apropriação das gigantescas reservas de terra e das matérias-primas da região também tem um papel importante na deterioração da Amazônia, segundo o jornal.
"O modelo de produção dominante não leva em conta critério algum de desenvolvimento sustentável, conduz à fragmentação dos ecossistemas e à erosão da biodiversidade", afirmou o Pnuma.
A entidade também condenou a situação das populações que habitam a floresta, que "vivem uma situação de grande pobreza". "A riqueza retirada da exploração dos recursos naturais não é reinvestida na região", disse.
O Le Monde conclui o artigo citando que o Pnuma pede um maior envolvimento internacional para ajudar financeiramente os países que abrigam a floresta, e cita como possível caminho o Fundo Amazônia, que prevê o investimento de fontes estrangeiras para desenvolver projetos que combatem o desmatamento.
O Pnuma prevê que o relatório final, com mais dados ainda sigilosos, seja divulgado durante o encontro anual de seu conselho administrativo, marcado entre 16 e 20 de fevereiro em Nairóbi, no Quênia.
Para mais notícias, visite o site da BBC Brasi
Amazônia sofreu destruição de 17% em em 5 anos
Um relatório prestes a ser divulgado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma) aponta que 17% da Floresta Amazônica foram destruídos em um período de cinco anos, entre 2000 e 2005. A informação foi noticiada pelo jornal francês Le Monde na quinta-feira, e foi confirmada à BBC Brasil pelo Pnuma.
Segundo o jornal, durante este período foram queimados ou destruídos 857 mil km² de árvores - o equivalente ao território da Venezuela.
A maior parte do desmatamento ocorreu no Brasil, mas os outros sete países que também abrigam a floresta estão sendo responsabilizados pela Pnuma, com exceção da Venezuela e do Peru. 'Irreversível'
"A progressão das frentes pioneiras na Amazônia e as transformações que elas introduziram são tantas que o movimento de ocupação dessa última fronteira do planeta parece irreversível", disse o órgão da ONU ao Le Monde.
Além do desmatamento, a grande corrida pela apropriação das gigantescas reservas de terra e das matérias-primas da região também tem um papel importante na deterioração da Amazônia, segundo o jornal.
"O modelo de produção dominante não leva em conta critério algum de desenvolvimento sustentável, conduz à fragmentação dos ecossistemas e à erosão da biodiversidade", afirmou o Pnuma.
A entidade também condenou a situação das populações que habitam a floresta, que "vivem uma situação de grande pobreza". "A riqueza retirada da exploração dos recursos naturais não é reinvestida na região", disse.
O Le Monde conclui o artigo citando que o Pnuma pede um maior envolvimento internacional para ajudar financeiramente os países que abrigam a floresta, e cita como possível caminho o Fundo Amazônia, que prevê o investimento de fontes estrangeiras para desenvolver projetos que combatem o desmatamento.
O Pnuma prevê que o relatório final, com mais dados ainda sigilosos, seja divulgado durante o encontro anual de seu conselho administrativo, marcado entre 16 e 20 de fevereiro em Nairóbi, no Quênia.
Para mais notícias, visite o site da BBC Brasi
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Comissão de Meio Ambiente OAB/PI
Com o tema “Água e Clima: contribuições para o desenvolvimento sustentável”, o Programa Petrobras Ambiental realizou, no final de 2008, a terceira Seleção Pública de Projetos dentro do tema. No Piauí, o projeto CEREAM (Centro de Referência em Educação Ambiental), coordenado por Jorgenei Alves de Moraes, foi o único contemplado. Foram aprovados cinco projetos em todo o Nordeste brasileiro. No total, serão destinados R$ 60 milhões aos projetos que contribuam para a conservação e preservação dos recursos ambientais e à consolidação da consciência socioambiental brasileira.
O objetivo da Petrobras é apoiar iniciativas capazes de reduzir os riscos de destruição de espécies e habitats aquáticos ameaçados; melhorar a qualidade dos corpos hídricos e buscar reduzir emissões de gases causadores do efeito estufa. Jorgenei Moraes é membro da Comissão de Defesa do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da OAB Piauí, que será parceira do projeto, bem como a Prefeitura Municipal de Teresina, UFPI, Sebrae e as faculdades CEUT e EADUCOM.
Segundo a presidente da Comissão, Roberta Ferreira, o CEREAM é uma ação socioambiental interdisciplinar e multifuncional que objetiva o desenvolvimento de atividades de intervenção física e educativa integradas, cujo vértice principal está centrado na recuperação e conservação do Rio Poty, principal afluente do Rio Parnaíba, dentro dos princípios do desenvolvimento sustentável.
A área a ser trabalhada no projeto CEREAM localiza-se em um trecho periurbano de Teresina, cuja extensão será de 18 quilômetros. “Em breve será implantado o Parque Ambiental da Alegria, que objetiva proteger a floresta fóssil, localizada às margens do Rio Poty, em Teresina. No local, os pequenos comerciantes receberão cursos de boas práticas de higiene, atendimento ao cliente, limpeza e conservação dos espaços ocupados. A sustentabilidade do projeto será nesse entorno e também terá como ação o fomento à piscicultura e à agricultura irrigada”, afirmou Roberta Ferreira.
A parceria da OAB junto ao projeto aprovado será educativa. O trabalho da Comissão de Defesa do Meio Ambiente e Recursos Hídricos tem como meta levar educação ambiental às escolas através de um processo participativo, mostrando a importância da convivência harmoniosa com o meio ambiente, em especial com os nossos rios. “A educação ambiental nas escolas é de fundamental importância, tendo em vista seu espaço social, local onde o aluno dará seqüência ao seu processo de socialização. O que nela se faz se diz e se valoriza representa um exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis e mais conscientes”, considera.
O objetivo da Petrobras é apoiar iniciativas capazes de reduzir os riscos de destruição de espécies e habitats aquáticos ameaçados; melhorar a qualidade dos corpos hídricos e buscar reduzir emissões de gases causadores do efeito estufa. Jorgenei Moraes é membro da Comissão de Defesa do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da OAB Piauí, que será parceira do projeto, bem como a Prefeitura Municipal de Teresina, UFPI, Sebrae e as faculdades CEUT e EADUCOM.
Segundo a presidente da Comissão, Roberta Ferreira, o CEREAM é uma ação socioambiental interdisciplinar e multifuncional que objetiva o desenvolvimento de atividades de intervenção física e educativa integradas, cujo vértice principal está centrado na recuperação e conservação do Rio Poty, principal afluente do Rio Parnaíba, dentro dos princípios do desenvolvimento sustentável.
A área a ser trabalhada no projeto CEREAM localiza-se em um trecho periurbano de Teresina, cuja extensão será de 18 quilômetros. “Em breve será implantado o Parque Ambiental da Alegria, que objetiva proteger a floresta fóssil, localizada às margens do Rio Poty, em Teresina. No local, os pequenos comerciantes receberão cursos de boas práticas de higiene, atendimento ao cliente, limpeza e conservação dos espaços ocupados. A sustentabilidade do projeto será nesse entorno e também terá como ação o fomento à piscicultura e à agricultura irrigada”, afirmou Roberta Ferreira.
A parceria da OAB junto ao projeto aprovado será educativa. O trabalho da Comissão de Defesa do Meio Ambiente e Recursos Hídricos tem como meta levar educação ambiental às escolas através de um processo participativo, mostrando a importância da convivência harmoniosa com o meio ambiente, em especial com os nossos rios. “A educação ambiental nas escolas é de fundamental importância, tendo em vista seu espaço social, local onde o aluno dará seqüência ao seu processo de socialização. O que nela se faz se diz e se valoriza representa um exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis e mais conscientes”, considera.
domingo, 18 de janeiro de 2009
DICAS:
Algumas coisas são básicas, pra não dizer óbvias, mas não custa repetir sempre.Seguem algumas dicas para você fazer sua parte em casa e salvar o planeta:
Calçada não se lava, se varre. Se for realmente necessário, use um balde, de preferência com a água reaproveitada da máquina de lavar ou da banheira.
Instale a geladeira ou freezer em locais ventilados, longe do fogão.
Procure não utilizar o ar condicionado no máximo e, sempre que o aparelho estiver ligado, feche as portas e janelas do local.
Acumule várias peças de roupas para passar todas de uma vez e evite usar o ferro quando outros aparelhos elétricos estiverem ligados.
Regule seu chuveiro para a posição verão. Evite tomar banho demorados e entre 18h e 24h.
Para iluminar a casa use, de preferência à luz do sol. Troque suas lâmpadas normais por fluorescentes e apague-as onde não tiver ninguém.
Regule as torneiras da sua casa. O pinga-pinga pode causar um vazamento de 46 litros de água em um dia.
Escove os dentes com a torneira fechada. Essa é uma forma simples e eficiente de economizar água.
Não compre móveis nem madeira que não tenham o selo FSC. Ele é a garantia de que a madeira não veio do desmatamento de florestas.
Participe de manifestações e assine petições como a nossa, clique aqui e cobre do governo brasileiro um bom desempenho em Copenhagen.
Algumas coisas são básicas, pra não dizer óbvias, mas não custa repetir sempre.Seguem algumas dicas para você fazer sua parte em casa e salvar o planeta:
Calçada não se lava, se varre. Se for realmente necessário, use um balde, de preferência com a água reaproveitada da máquina de lavar ou da banheira.
Instale a geladeira ou freezer em locais ventilados, longe do fogão.
Procure não utilizar o ar condicionado no máximo e, sempre que o aparelho estiver ligado, feche as portas e janelas do local.
Acumule várias peças de roupas para passar todas de uma vez e evite usar o ferro quando outros aparelhos elétricos estiverem ligados.
Regule seu chuveiro para a posição verão. Evite tomar banho demorados e entre 18h e 24h.
Para iluminar a casa use, de preferência à luz do sol. Troque suas lâmpadas normais por fluorescentes e apague-as onde não tiver ninguém.
Regule as torneiras da sua casa. O pinga-pinga pode causar um vazamento de 46 litros de água em um dia.
Escove os dentes com a torneira fechada. Essa é uma forma simples e eficiente de economizar água.
Não compre móveis nem madeira que não tenham o selo FSC. Ele é a garantia de que a madeira não veio do desmatamento de florestas.
Participe de manifestações e assine petições como a nossa, clique aqui e cobre do governo brasileiro um bom desempenho em Copenhagen.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Lula cancela anistia a embargo de terras desmatadas
Queimada na Amazônia.
Fonte: Greenpeace
São Paulo - Brasil — Cinco dias depois de assinar um decreto impedindo o Ibama de embargar áreas de desmatamento, o presidente volta atrás.
Surtiu pequeno efeito as críticas dos ambientalistas ao decreto 6.686, que, entre outras medidas em favor do desmatamento, impedia, até o dia 11 de dezembro de 2009, os embargos de áreas de reservas legais desmatadas. O novo texto, número 6.694, assinado pelo presidente Lula na segunda-feira (15/12), exclui do beneficiamento os desmatamentos irregulares ocorridos no bioma Amazônia. A anistia às multas, no entanto, continuam suspensas até dezembro de 2009.“Claro que a nova redação do decreto ficou melhor, mas ainda não é o ideal. Quem desmatou outros biomas não pode escapar da sanção do embargo, além disso a anistia às multas foi mantida”, diz o diretor de campanhas do Greenpeace, Sérgio Leitão. “A alteração é bem vinda, mas mostra a esquizofrenia dessa gestão quando o assunto é meio ambiente. No dia 22 de julho, o presidente assinou o decreto 6.514 sobre as sanções para os crimes ambientais e quatro meses depois alterou seu conteúdo com decreto 6.686, que agora foi modificado novamente”, afirma Leitão. A instabilidade da política ambiental coloca em risco a estratégia do governo de atrair investimento estrangeiro para mecanismos de proteção às florestas e redução de emissões dos gases do efeito estufa. “Como investidores estangeiros vão confiar em uma política ambiental tão instável?”, questiona Leitão.
Queimada na Amazônia.
Fonte: Greenpeace
São Paulo - Brasil — Cinco dias depois de assinar um decreto impedindo o Ibama de embargar áreas de desmatamento, o presidente volta atrás.
Surtiu pequeno efeito as críticas dos ambientalistas ao decreto 6.686, que, entre outras medidas em favor do desmatamento, impedia, até o dia 11 de dezembro de 2009, os embargos de áreas de reservas legais desmatadas. O novo texto, número 6.694, assinado pelo presidente Lula na segunda-feira (15/12), exclui do beneficiamento os desmatamentos irregulares ocorridos no bioma Amazônia. A anistia às multas, no entanto, continuam suspensas até dezembro de 2009.“Claro que a nova redação do decreto ficou melhor, mas ainda não é o ideal. Quem desmatou outros biomas não pode escapar da sanção do embargo, além disso a anistia às multas foi mantida”, diz o diretor de campanhas do Greenpeace, Sérgio Leitão. “A alteração é bem vinda, mas mostra a esquizofrenia dessa gestão quando o assunto é meio ambiente. No dia 22 de julho, o presidente assinou o decreto 6.514 sobre as sanções para os crimes ambientais e quatro meses depois alterou seu conteúdo com decreto 6.686, que agora foi modificado novamente”, afirma Leitão. A instabilidade da política ambiental coloca em risco a estratégia do governo de atrair investimento estrangeiro para mecanismos de proteção às florestas e redução de emissões dos gases do efeito estufa. “Como investidores estangeiros vão confiar em uma política ambiental tão instável?”, questiona Leitão.
E a preservação do meio ambiente, onde fica?
Matéria veiculada no Jornal O Globo desta Segunda-feira
A maior do mundo
Itaipu bate recorde de produção de energia elétrica em 2008
SÃO PAULO - Em 2008, a Usina Hidrelétrica de Itaipu bateu um novo recorde histórico de produção de energia, com a geração de 94.684.781 megawatts-hora (MWh). O recorde anterior era do ano 2000, quando Itaipu gerou 93.427.598 MWh. Este volume de energia jamais foi atingido por nenhuma outra hidrelétrica do mundo.
A usina de Três Gargantas, da China, construída no Rio Yang-Tse, não deverá superar Itaipu em produção. Quando concluída, a usina chinesa terá 22,4 mil megawatts (MW) de capacidade instalada, contra os 14 mil MW de Itaipu. A vantagem em relação a Três Gargantas é a situação hidrológica: o Rio Paraná, onde está Itaipu, tem grande volume de água o ano inteiro. A energia produzida por Itaipu em 2008 seria suficiente para suprir todo o consumo mundial por dois dias; atender durante um ano um país como a Argentina; e o Paraguai, parceiro no empreendimento, por 11 anos. Ou, ainda, poderia suprir por um ano o consumo de eletricidade de 23 cidades do porte da grande Curitiba.
- Em um momento de incertezas econômicas, a Itaipu dá a sua contribuição para que o Brasil continue no caminho do desenvolvimento - disse o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek.
Ele atribuiu a quebra do recorde à soma de três fatores.
- Foi preciso convergir água suficiente, maquinário sempre disponível e demanda de consumo para essa energia - ressaltou. - E esses fatores só foram possíveis graças à economia crescente, ao trabalho competente do pessoal que cuida da manutenção da usina e à generosidade do Rio Paraná, com as hidrelétricas que regulam o nosso reservatório - disse.
A maior do mundo
Itaipu bate recorde de produção de energia elétrica em 2008
SÃO PAULO - Em 2008, a Usina Hidrelétrica de Itaipu bateu um novo recorde histórico de produção de energia, com a geração de 94.684.781 megawatts-hora (MWh). O recorde anterior era do ano 2000, quando Itaipu gerou 93.427.598 MWh. Este volume de energia jamais foi atingido por nenhuma outra hidrelétrica do mundo.
A usina de Três Gargantas, da China, construída no Rio Yang-Tse, não deverá superar Itaipu em produção. Quando concluída, a usina chinesa terá 22,4 mil megawatts (MW) de capacidade instalada, contra os 14 mil MW de Itaipu. A vantagem em relação a Três Gargantas é a situação hidrológica: o Rio Paraná, onde está Itaipu, tem grande volume de água o ano inteiro. A energia produzida por Itaipu em 2008 seria suficiente para suprir todo o consumo mundial por dois dias; atender durante um ano um país como a Argentina; e o Paraguai, parceiro no empreendimento, por 11 anos. Ou, ainda, poderia suprir por um ano o consumo de eletricidade de 23 cidades do porte da grande Curitiba.
- Em um momento de incertezas econômicas, a Itaipu dá a sua contribuição para que o Brasil continue no caminho do desenvolvimento - disse o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek.
Ele atribuiu a quebra do recorde à soma de três fatores.
- Foi preciso convergir água suficiente, maquinário sempre disponível e demanda de consumo para essa energia - ressaltou. - E esses fatores só foram possíveis graças à economia crescente, ao trabalho competente do pessoal que cuida da manutenção da usina e à generosidade do Rio Paraná, com as hidrelétricas que regulam o nosso reservatório - disse.
INPE pesquisa erosão comum no Piauí
O crescimento vertical da desertificação preocupa os pesquisadores. As rachaduras na superfície do solo se transformam em imensas crateras, conhecidas como voçorocas.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais fez um levantamento no sul do Piauí sobre um tipo de erosão muito comum na região, a voçoroca. Nesta reportagem de Amorim Neto e Magno Bonfim veja como este fenômeno destrói o solo. Um imenso deserto vermelho numa área que corresponde a 21% da região sul do Piauí. A terra perdeu a consistência por causa dos desmatamentos e das queimadas. Na cidade de Gilbués, a 900 quilômetros de Teresina, as plantas estão desaparecendo. Agora é o crescimento vertical da desertificação o que mais preocupa os pesquisadores. As rachaduras na superfície do solo logo se transformam em imensas crateras. Levadas pelas águas das chuvas, a terra que se desprende vai causar danos mais adiante. "A quantidade de água que cai na superfície do solo vai causando aquelas erosões laminares e carreiam aquelas partes sólidas do solo para as nascentes dos rios e dos riachos. Ou seja: o solo está sumindo", explica o engenheiro agrônomo Fabriciano Corado Neto. Quem mora por perto está assustado. "Tenho muito medo. Fica muito pertinho da gente. Não sei o que vai acontecer", afirma o agricultor Francisco da Silva. Terrenos planos que antes não apresentavam problemas estão sob a ameaça das voçorocas, essas erosões que destroem a terra. Uma delas, no município de Santa Filomena, surgiu há mais de 30 anos: tem um quilômetro de comprimento, 30 metros de largura e dez de profundidade. Hoje, é uma ameaça ao rio Parnaíba, o segundo maior do Nordeste. Um geólogo pesquisador Adeodato Salviano da Universidade Federal do Piauí (UFPI) diz que o barro está aterrando o leito do rio e da represa Boa Esperança, onde funciona uma hidrelétrica. “Já teve ter jogado aproximadamente 300 mil metros cúbicos de material dentro da barragem Boa Esperança. Isso com certeza já está reduzindo a capacidade de produção de energia", afirma.
O crescimento vertical da desertificação preocupa os pesquisadores. As rachaduras na superfície do solo se transformam em imensas crateras, conhecidas como voçorocas.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais fez um levantamento no sul do Piauí sobre um tipo de erosão muito comum na região, a voçoroca. Nesta reportagem de Amorim Neto e Magno Bonfim veja como este fenômeno destrói o solo. Um imenso deserto vermelho numa área que corresponde a 21% da região sul do Piauí. A terra perdeu a consistência por causa dos desmatamentos e das queimadas. Na cidade de Gilbués, a 900 quilômetros de Teresina, as plantas estão desaparecendo. Agora é o crescimento vertical da desertificação o que mais preocupa os pesquisadores. As rachaduras na superfície do solo logo se transformam em imensas crateras. Levadas pelas águas das chuvas, a terra que se desprende vai causar danos mais adiante. "A quantidade de água que cai na superfície do solo vai causando aquelas erosões laminares e carreiam aquelas partes sólidas do solo para as nascentes dos rios e dos riachos. Ou seja: o solo está sumindo", explica o engenheiro agrônomo Fabriciano Corado Neto. Quem mora por perto está assustado. "Tenho muito medo. Fica muito pertinho da gente. Não sei o que vai acontecer", afirma o agricultor Francisco da Silva. Terrenos planos que antes não apresentavam problemas estão sob a ameaça das voçorocas, essas erosões que destroem a terra. Uma delas, no município de Santa Filomena, surgiu há mais de 30 anos: tem um quilômetro de comprimento, 30 metros de largura e dez de profundidade. Hoje, é uma ameaça ao rio Parnaíba, o segundo maior do Nordeste. Um geólogo pesquisador Adeodato Salviano da Universidade Federal do Piauí (UFPI) diz que o barro está aterrando o leito do rio e da represa Boa Esperança, onde funciona uma hidrelétrica. “Já teve ter jogado aproximadamente 300 mil metros cúbicos de material dentro da barragem Boa Esperança. Isso com certeza já está reduzindo a capacidade de produção de energia", afirma.
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