sábado, 31 de janeiro de 2009

Imagem da Queimada na Austrália


Austrália

Calor e incêndio provocam mortes e blecaute na Austrália
Número de mortos é de pelo menos 30 no sul do país. Calor supera os 40 graus em algumas regiões da Austrália.

Pelo menos 30 pessoas morreram no sul da Austrália devido à onda de calor e incêndio que afeta a região há quatro dias. Meio milhão de casas no estado de Victoria ficaram sem eletricidade na noite de sexta-feira (30).


Segundo a emissora local "ABC", morreram neste sábado (31) pelo menos seis pessoas no estado da Austrália do Sul, aparentemente devido à alta temperatura. O número registrado até sexta-feira (horário australiano) era de 22.

O site do jornal australiano "Adelaide Now" disse que o serviço de emergência recebeu 920 chamadas, sendo que cerca de 600 precisaram de um atendimento médico.


Imagem de satélite do Observatório da Nasa feita na sexta-feira (30) mostra fumaça em região atingida por incêndio no sul da Austrália (Foto: AFP/Nasa)
Embora as autoridades não tenham dado um número oficial, o secretário de Saúde da Austrália do Sul, John Hill, disse que é "óbvio" que um número significativo dessas mortes "esteja associado ao calor". A polícia de Victoria não deu números relativos a mortos no estado, mas a imprensa local afirma que o serviço de emergência atendeu 105 incidentes relativos a pessoas afetadas pelo calor.

Pessoas curtem praia em Melbourne neste sábado (31) onde calor chegou a 43 graus (Foto: Mick Tsikas/Reuters)
Acredita-se que a temperatura nas capitais de Victoria (Melbourne) e da Austrália do Sul (Adelaide) volte a superar os 40 graus, enquanto no interior podem chegar a 45 graus. Melbourne pode sofrer ainda com blecaute caso as torres de transmissão sejam atingidas.Temperaturas assim não são registradas no país desde que se começou o registro meteorológico, em 1855. O forte calor aumentou o consumo de energia a níveis recorde e teme-se que a rede elétrica não aguente essas condições, o que pode deixar de novo milhares sem luz. A situação é ainda mais grave em zonas afetadas por incêndios florestais, onde centenas de bombeiros seguem combatendo uma série de focos.

Chamas chegam a sete metros de altura e helicópteros ajudam no combate. Vento seco e calor pioram a situação.

Ajuda dos 'deuses'

Desesperado, John Brumby, líder do Governo de Victoria, disse que a situação "está nas mãos dos deuses", e que torce para que o vento sopre na direção contrária às linhas de eletricidade. Brumby acrescentou que a polícia investiga a origem dos incêndios e que tudo indica que há um piromaníaco na região. As autoridades em Victoria tentam evitar uma tragédia semelhante à do estado da Austrália do Sul, onde a falta de eletricidade junto com a onda de calor é considerada uma causa adicional do alto número de mortes súbitas registradas entre sexta e sábado.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

AMAZÔNIA

Meio Ambiente
Amazônia sofreu destruição de 17% em em 5 anos

Um relatório prestes a ser divulgado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma) aponta que 17% da Floresta Amazônica foram destruídos em um período de cinco anos, entre 2000 e 2005. A informação foi noticiada pelo jornal francês Le Monde na quinta-feira, e foi confirmada à BBC Brasil pelo Pnuma.
Segundo o jornal, durante este período foram queimados ou destruídos 857 mil km² de árvores - o equivalente ao território da Venezuela.
A maior parte do desmatamento ocorreu no Brasil, mas os outros sete países que também abrigam a floresta estão sendo responsabilizados pela Pnuma, com exceção da Venezuela e do Peru. 'Irreversível'
"A progressão das frentes pioneiras na Amazônia e as transformações que elas introduziram são tantas que o movimento de ocupação dessa última fronteira do planeta parece irreversível", disse o órgão da ONU ao Le Monde.
Além do desmatamento, a grande corrida pela apropriação das gigantescas reservas de terra e das matérias-primas da região também tem um papel importante na deterioração da Amazônia, segundo o jornal.
"O modelo de produção dominante não leva em conta critério algum de desenvolvimento sustentável, conduz à fragmentação dos ecossistemas e à erosão da biodiversidade", afirmou o Pnuma.
A entidade também condenou a situação das populações que habitam a floresta, que "vivem uma situação de grande pobreza". "A riqueza retirada da exploração dos recursos naturais não é reinvestida na região", disse.
O Le Monde conclui o artigo citando que o Pnuma pede um maior envolvimento internacional para ajudar financeiramente os países que abrigam a floresta, e cita como possível caminho o Fundo Amazônia, que prevê o investimento de fontes estrangeiras para desenvolver projetos que combatem o desmatamento.
O Pnuma prevê que o relatório final, com mais dados ainda sigilosos, seja divulgado durante o encontro anual de seu conselho administrativo, marcado entre 16 e 20 de fevereiro em Nairóbi, no Quênia.
Para mais notícias, visite o site da BBC Brasi

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Comissão de Meio Ambiente OAB/PI

Com o tema “Água e Clima: contribuições para o desenvolvimento sustentável”, o Programa Petrobras Ambiental realizou, no final de 2008, a terceira Seleção Pública de Projetos dentro do tema. No Piauí, o projeto CEREAM (Centro de Referência em Educação Ambiental), coordenado por Jorgenei Alves de Moraes, foi o único contemplado. Foram aprovados cinco projetos em todo o Nordeste brasileiro. No total, serão destinados R$ 60 milhões aos projetos que contribuam para a conservação e preservação dos recursos ambientais e à consolidação da consciência socioambiental brasileira.
O objetivo da Petrobras é apoiar iniciativas capazes de reduzir os riscos de destruição de espécies e habitats aquáticos ameaçados; melhorar a qualidade dos corpos hídricos e buscar reduzir emissões de gases causadores do efeito estufa. Jorgenei Moraes é membro da Comissão de Defesa do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da OAB Piauí, que será parceira do projeto, bem como a Prefeitura Municipal de Teresina, UFPI, Sebrae e as faculdades CEUT e EADUCOM.
Segundo a presidente da Comissão, Roberta Ferreira, o CEREAM é uma ação socioambiental interdisciplinar e multifuncional que objetiva o desenvolvimento de atividades de intervenção física e educativa integradas, cujo vértice principal está centrado na recuperação e conservação do Rio Poty, principal afluente do Rio Parnaíba, dentro dos princípios do desenvolvimento sustentável.
A área a ser trabalhada no projeto CEREAM localiza-se em um trecho periurbano de Teresina, cuja extensão será de 18 quilômetros. “Em breve será implantado o Parque Ambiental da Alegria, que objetiva proteger a floresta fóssil, localizada às margens do Rio Poty, em Teresina. No local, os pequenos comerciantes receberão cursos de boas práticas de higiene, atendimento ao cliente, limpeza e conservação dos espaços ocupados. A sustentabilidade do projeto será nesse entorno e também terá como ação o fomento à piscicultura e à agricultura irrigada”, afirmou Roberta Ferreira.
A parceria da OAB junto ao projeto aprovado será educativa. O trabalho da Comissão de Defesa do Meio Ambiente e Recursos Hídricos tem como meta levar educação ambiental às escolas através de um processo participativo, mostrando a importância da convivência harmoniosa com o meio ambiente, em especial com os nossos rios. “A educação ambiental nas escolas é de fundamental importância, tendo em vista seu espaço social, local onde o aluno dará seqüência ao seu processo de socialização. O que nela se faz se diz e se valoriza representa um exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis e mais conscientes”, considera.

domingo, 18 de janeiro de 2009

DICAS:

Algumas coisas são básicas, pra não dizer óbvias, mas não custa repetir sempre.Seguem algumas dicas para você fazer sua parte em casa e salvar o planeta:
Calçada não se lava, se varre. Se for realmente necessário, use um balde, de preferência com a água reaproveitada da máquina de lavar ou da banheira.
Instale a geladeira ou freezer em locais ventilados, longe do fogão.
Procure não utilizar o ar condicionado no máximo e, sempre que o aparelho estiver ligado, feche as portas e janelas do local.
Acumule várias peças de roupas para passar todas de uma vez e evite usar o ferro quando outros aparelhos elétricos estiverem ligados.
Regule seu chuveiro para a posição verão. Evite tomar banho demorados e entre 18h e 24h.
Para iluminar a casa use, de preferência à luz do sol. Troque suas lâmpadas normais por fluorescentes e apague-as onde não tiver ninguém.
Regule as torneiras da sua casa. O pinga-pinga pode causar um vazamento de 46 litros de água em um dia.
Escove os dentes com a torneira fechada. Essa é uma forma simples e eficiente de economizar água.
Não compre móveis nem madeira que não tenham o selo FSC. Ele é a garantia de que a madeira não veio do desmatamento de florestas.
Participe de manifestações e assine petições como a nossa, clique aqui e cobre do governo brasileiro um bom desempenho em Copenhagen.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Lula cancela anistia a embargo de terras desmatadas


Queimada na Amazônia.

Fonte: Greenpeace

São Paulo - Brasil — Cinco dias depois de assinar um decreto impedindo o Ibama de embargar áreas de desmatamento, o presidente volta atrás.
Surtiu pequeno efeito as críticas dos ambientalistas ao decreto 6.686, que, entre outras medidas em favor do desmatamento, impedia, até o dia 11 de dezembro de 2009, os embargos de áreas de reservas legais desmatadas. O novo texto, número 6.694, assinado pelo presidente Lula na segunda-feira (15/12), exclui do beneficiamento os desmatamentos irregulares ocorridos no bioma Amazônia. A anistia às multas, no entanto, continuam suspensas até dezembro de 2009.“Claro que a nova redação do decreto ficou melhor, mas ainda não é o ideal. Quem desmatou outros biomas não pode escapar da sanção do embargo, além disso a anistia às multas foi mantida”, diz o diretor de campanhas do Greenpeace, Sérgio Leitão. “A alteração é bem vinda, mas mostra a esquizofrenia dessa gestão quando o assunto é meio ambiente. No dia 22 de julho, o presidente assinou o decreto 6.514 sobre as sanções para os crimes ambientais e quatro meses depois alterou seu conteúdo com decreto 6.686, que agora foi modificado novamente”, afirma Leitão. A instabilidade da política ambiental coloca em risco a estratégia do governo de atrair investimento estrangeiro para mecanismos de proteção às florestas e redução de emissões dos gases do efeito estufa. “Como investidores estangeiros vão confiar em uma política ambiental tão instável?”, questiona Leitão.

E a preservação do meio ambiente, onde fica?

Matéria veiculada no Jornal O Globo desta Segunda-feira


A maior do mundo
Itaipu bate recorde de produção de energia elétrica em 2008


SÃO PAULO - Em 2008, a Usina Hidrelétrica de Itaipu bateu um novo recorde histórico de produção de energia, com a geração de 94.684.781 megawatts-hora (MWh). O recorde anterior era do ano 2000, quando Itaipu gerou 93.427.598 MWh. Este volume de energia jamais foi atingido por nenhuma outra hidrelétrica do mundo.
A usina de Três Gargantas, da China, construída no Rio Yang-Tse, não deverá superar Itaipu em produção. Quando concluída, a usina chinesa terá 22,4 mil megawatts (MW) de capacidade instalada, contra os 14 mil MW de Itaipu. A vantagem em relação a Três Gargantas é a situação hidrológica: o Rio Paraná, onde está Itaipu, tem grande volume de água o ano inteiro. A energia produzida por Itaipu em 2008 seria suficiente para suprir todo o consumo mundial por dois dias; atender durante um ano um país como a Argentina; e o Paraguai, parceiro no empreendimento, por 11 anos. Ou, ainda, poderia suprir por um ano o consumo de eletricidade de 23 cidades do porte da grande Curitiba.
- Em um momento de incertezas econômicas, a Itaipu dá a sua contribuição para que o Brasil continue no caminho do desenvolvimento - disse o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek.
Ele atribuiu a quebra do recorde à soma de três fatores.
- Foi preciso convergir água suficiente, maquinário sempre disponível e demanda de consumo para essa energia - ressaltou. - E esses fatores só foram possíveis graças à economia crescente, ao trabalho competente do pessoal que cuida da manutenção da usina e à generosidade do Rio Paraná, com as hidrelétricas que regulam o nosso reservatório - disse.
INPE pesquisa erosão comum no Piauí

O crescimento vertical da desertificação preocupa os pesquisadores. As rachaduras na superfície do solo se transformam em imensas crateras, conhecidas como voçorocas.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais fez um levantamento no sul do Piauí sobre um tipo de erosão muito comum na região, a voçoroca. Nesta reportagem de Amorim Neto e Magno Bonfim veja como este fenômeno destrói o solo. Um imenso deserto vermelho numa área que corresponde a 21% da região sul do Piauí. A terra perdeu a consistência por causa dos desmatamentos e das queimadas. Na cidade de Gilbués, a 900 quilômetros de Teresina, as plantas estão desaparecendo. Agora é o crescimento vertical da desertificação o que mais preocupa os pesquisadores. As rachaduras na superfície do solo logo se transformam em imensas crateras. Levadas pelas águas das chuvas, a terra que se desprende vai causar danos mais adiante. "A quantidade de água que cai na superfície do solo vai causando aquelas erosões laminares e carreiam aquelas partes sólidas do solo para as nascentes dos rios e dos riachos. Ou seja: o solo está sumindo", explica o engenheiro agrônomo Fabriciano Corado Neto. Quem mora por perto está assustado. "Tenho muito medo. Fica muito pertinho da gente. Não sei o que vai acontecer", afirma o agricultor Francisco da Silva. Terrenos planos que antes não apresentavam problemas estão sob a ameaça das voçorocas, essas erosões que destroem a terra. Uma delas, no município de Santa Filomena, surgiu há mais de 30 anos: tem um quilômetro de comprimento, 30 metros de largura e dez de profundidade. Hoje, é uma ameaça ao rio Parnaíba, o segundo maior do Nordeste. Um geólogo pesquisador Adeodato Salviano da Universidade Federal do Piauí (UFPI) diz que o barro está aterrando o leito do rio e da represa Boa Esperança, onde funciona uma hidrelétrica. “Já teve ter jogado aproximadamente 300 mil metros cúbicos de material dentro da barragem Boa Esperança. Isso com certeza já está reduzindo a capacidade de produção de energia", afirma.